O documentário em 16mm do cineasta alagoano Celso Brandão também foi destaque no 5º dia da mostra itinerante, 16 de fevereiro, no bairro periférico de Fernão Velho, em Maceió. O filme Memória e vida do trabalho, produzido em 1984, foi o ponto mais alto do evento, pois trouxe para a vela as mudanças ocorridas em Fernão Velho, Saúde e Rio Largo há mais de 20 anos atrás, quando ainda eram vilas operárias que começavam a se transformar em bairros.
Antes do filme, o público muito calado, inquietava o curador do projeto, Hermano Figueiredo. Porém, foi só o documentário de Celso começar que muitos moradores mais antigos passaram a apontar eufóricos para a vela, pois se reconheceram nas imagens ou relembraram amigos e lugares que já não existem em Fernão atualmente.

Hermano Figueiredo, curador do projeto, e o seu cinema
de película na praça de Fernão Velho
[Foto: Nataska Conrado]
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Memória e vida do trabalho (1984) foi exibido em 16mm sob
aplausos e com a presença do diretor Celso Brandão
[foto: Nataska Conrado]
Penedo, cidade mais antiga de Alagoas e famosa nacionalmente pelo extinto Festival do Cinema Brasileiro de Penedo (1975-1982), recebeu a vela do projeto no dia 21 de fevereiro. A exibição perto das balsas, na beira do rio São Francisco, atraiu o maior público da terceira edição: 350 pessoas ocuparam as cadeiras, o chão, as escadarias, barcos e o mirante do rio. Um pouco mais distantes da vela, havia famílias inteiras assistindo os filmes dentro dos automóveis estacionados.
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A cidade histórica de Penedo, na beira do rio São Francisco,
foi o maior público da desta edição: 350 pessoas
[Foto: Nataska Conrado]

Canoa na água serve de assento para o cinema
no povoado de Penedinho, na beira do rio São Francisco
[Foto: Nataska Conrado]
A sessão em Penedo se estendeu um pouco mais e Hermano exibiu filmes que ainda não tinham participado dos outros eventos da edição, como os curtas A matadeira e Ilha das Flores, de Jorge Furtado (RS), o desenho animado Novela, de Otto Guerra (RS), e O Último Raio de Sol, com o ator Zé Dummond e direção de Bruno Torres (DF).
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